OS FARAÓS DO SUDÃO
Uma das mais antigas civilizações do vale do Nilo, Kush tinha seu núcleo principal na confluência dos rios Nilo Azul, Nilo Branco e Atbara, mas se estendia por 1.200 quilômetros às margens do maior curso d'água da África. Inicialmente, a região era dominada pelos egípcios. Os kushitas conseguiram a independência e, no auge de seu poderio, conquistaram o Egito no século 8 a.C. Durante um século eles imperaram em todo o vale do Nilo, até serem obrigados a retroceder às terras do atual Sudão. A dinastia de Meroe foi a última numa linhagem de "faraós negros" que governou Kush por mais de um milênio, até 350 d.C., quando o império, já enfraquecido pelas guerras contra o Egito, então sob domínio romano, foi invadido e subjugado pelas tropas de Ezana, rei de Axum (a atual Etiópia).
Uma cultura de pirâmides
As pirâmides núbias são mais baixas que as egípcias – a maior possui 30 metros de altura – e mais pontudas, com ângulos de aproximadamente 70 graus de inclinação. Em Meroe foram encontrados três cemitérios, com mais de 100 pirâmides. Embora essas edificações tivessem sido cuidadosamente escavadas, revelando diversos objetos que expandem o conhecimento sobre a cultura kushita, muitos aspectos dessa civilização permanecem envolvidos em mistério. Até mesmo a cronologia dos fatos ainda não é precisa, diz Salah Mohammed Ahmed, diretor assistente de antiguidades do Sudão.
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